A autora em primeiro momento tenta levar o leitor a mudar o seu pensamento em relação ao que é de verdade ecologia. Que ecologia durante décadas teve vários significados e vários pontos de vista diferentes de acordo com a sociedade e época.
Ela nos mostra que a natureza não é simplesmente um ser que não pode ser explorado, que não é um sistema intocável e sim que ela pode fazer vários tipos de relação com homem, mas sendo bem monitorado e cautelosamente vigiado. Entre essas relações ela destaca as relações socioambientais.
É a partir dessa relação socioambiental que ela nos propõe que “troquemos de lentes” e que a nossa sociedade pare de ter pensamentos radicais em relação a preservação da natureza e que possa começar a ter uma nova visão do que é realmente a natureza e suas interações.
Ela também nos propõe não limitar a preservação da natureza de uma formar mais rigorosa e sim tentar um equilíbrio entre o ser o humano e a natureza, assim dando condições para se viver em uma harmonia socioambiental dando ao homem a possibilidade da criação do “sujeito ecológico” através da educação ambiental oriunda dessa interação homem-natureza.
Vários motivos levaram a sociedade brasileira a começar a criar uma idéia ecológica, começaram a eclodir movimentos pelo país que a autora denomina de movimentos “contraculturais” em que esses movimentos são colocados em dois contextos: o primeiro é o contexto internacional da crítica das formas de luta do ecologismo europeu e norte-americano e o contexto nacional que diz respeito ao novo ideário ecológico que acontece no âmbito da cultura política e dos movimentos sociais do país.
A educação ambiental segundo a autora surgiu a partir da preocupação com as gerações futuras (filhos, netos e etc.). A partir dessa preocupação que se começou a pensar formas de convivência sustentável com a natureza. Um exemplo disso foi Chico Mendes que comandou uma revolta popular, que ganhou ares internacionais, com os seringueiros do amazonas que lutavam para a preservação da mesma.
A autora também nos lembra que toda essa reforma na visão socioambiental ocorrida no Brasil aconteceu na mesma época da ditadura militar que juntamente com o desejo de um país mais democrático surgia também o desejo de sustentabilidade com a natureza.
Os processos de formação de uma consciência ecológica passam pela história do movimento ecológico e pela própria educação ambiental. A tomada de consciência do problema ambiental tem a ver também com a crescente visibilidade e legitimidade dos movimentos ecologistas que vão ganhando adeptos para um núcleo de crenças e valores que apontam para um jeito ecológico de ser, um novo estilo de vida, com modos próprios de pensar no mundo e principalmente, de pensar a si mesmo e as relações com os outros nesse mundo, com essa mudança de atitudes e pensamentos surgi então o que chamamos de “Sujeito Ecológico”.
Cristiano Aguiar, nas novas pastagens não esqueça das fontes, quem escreveu merece os créditos, mas o seu blog está bom.
ResponderExcluirFaça o blog ficar a sua cara, ponha conteúdos ambientais que você goste. (M.V)
“Economia verde” é o tema do 3º Fórum de Ideias Inovadoras da AL
ResponderExcluirA Assembleia Legislativa inicia a Semana do Meio Ambiente com o Fórum de Ideias Inovadoras em Políticas Públicas (FIP), que nesta 3ª edição terá como tema “Economia verde: uma agenda nas esferas públicas e privadas”.
O evento ocorrerá nos dias 30 e 31 de maio, a partir das 9h, no Plenário 13 de Maio. O FIP – promovido pelo Instituto de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp) – irá discutir uma maneira possível de construir uma agenda de sustentabilidade a partir de uma racionalidade socioambiental, levando em consideração os custos e os impactos na economia.
Durante os dois dias de debates, personalidades das áreas da política, economia e meio ambiente discutirão sobre a relação entre a sustentabilidade e o desenvolvimento. O presidente da Casa, Roberto Cláudio (PSB), abrirá o evento. Em seguida, o ex-deputado federal Ciro Gomes comandará a palestra “Desenvolvimento sustentável e políticas públicas”.
Ainda pela manhã, o consultor da Waycarbon, Henrique Pereira, falará sobre “Mercado de carbono para entidades públicas e privadas”. O presidente do Conselho de Política e Gestão do Meio Ambiente (Conpan), Paulo Henrique Lustosa, encerrará a programação da manhã com a palestra “Um novo desafio para o desenvolvimento”.
Às 15h, no Complexo de Comissões da Casa, o presidente da Embrapa, Luciano Matos, falará sobre o “Pagamento por serviços ambientais”. Para encerrar o primeiro dia de palestras, o assessor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Antonio Rocha Magalhães, debaterá sobre mudanças climáticas.
Já na terça-feira (31), o Fórum realizará palestra, a partir das 9h, no Complexo de Comissões da Casa, com o tema “Sustentabilidade: um novo jeito de fazer negócios”, com exposição do gerente executivo de desenvolvimento sustentável no Banco Santander, Sandro Marques. Às 9h50, o coordenador de Projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Virgilio Gibbon, vai falar sobre o mercado de créditos de carbono. O encerramento da 3ª edição do FIP será feito pelo coordenador da Rede Brasileira e Internacional de Ecossocialistas (Rebrip), Pedro Ivo, que vai proferir palestra sobre a “Rio+20 e a Economia Verde”.
“Queremos debater como construir no semiárido brasileiro um desenvolvimento mais harmonioso das pessoas e suas relações com o conjunto do mundo natural. Trata-se em síntese de encontrar caminhos para uma reconciliação entre economia e ecologia”, explicou o presidente do Inesp, Paulo Linhares.
O Fórum de Ideias Inovadoras é aberto ao público. As inscrições podem ser feitas no Portal da AL ou pelo telefone (85) 3277.3704/3740.
JU/LF