quarta-feira, 30 de março de 2011

Uma Verdade Inconveniente

                                              
                                               
                   O ex-vice-presidente americano Al Gore apresenta uma advertência e impressionante visão do futuro de nosso planeta de nossa civilização, no documentário mais importante do ano. Trata-se de um alerta que perpassa mitos e conceitos errados, para revelar a mensagem que o superaquecimento global é um perigo real e imediato. "Uma Verdade Inconveniente" traz o convincente argumento de Gore, de que precisamos agir agora para salvar a Terra. Todos e cada um de nós podem mudar essa situação, na maneira que vivemos nosso dia-a-dia e nos tornarmos PARTE DA SOLUÇÃO.

Este documentário produz vários sentimentos, dentre eles, impressionar, incomodar e causar espanto, mesmo que todos os dias possamos ver nos telejornais tais imagens do mundo inteiro. 
Segundo Al Gore em vários momentos de sua vida aconteceram fatos que o fizeram olhar de maneira diferente pra o planta terra, levando a se preocupar com a conservação do meio ambiente, tais exemplos citados por ele são, o acidente que quase matou seu filho, a morte de sua irmã por câncer de pulmão, as aulas de um professor na universidade e a sua derrota nas eleições presidenciais de 2000.
 No documentário Al Gore tenta sensibilizar as pessoas para a questão ambiental, levantando como tema, o aquecimento global. Assim sendo, o mesmo passou a realizar, em todo o mundo, palestras didáticas, pesquisas científicas, usando uma linguagem simples e clara. E ainda, como metodologia Al Gore usa slides, gráficos, fotografias, animações, tudo isso para envolver e conquistar seus ouvintes.
 O principal foco do documentário são as mudanças climáticas em todo o planeta terra, as tempestades, furações, tufões, terremotos, inundações, secas, o derretimento das geleiras do Ártico, enfatizando assim, a crise global.
Para Al Gore todos nos somos responsáveis pelas mudanças do clima, uma vez que o ser humano, esta enchendo a atmosfera de poluição.  Um dado utilizado por ele foi o Furacão Katrina, que em 29 de agosto de 2005 destruiu Nova Orleans, USA.
 Relata Al Gore que o aquecimento global é uma questão política, econômica, uma vez que, esta intrinsecamente ligada ao desenvolvimento industrial e talvez por isso o Governo de W. Busch ainda não aderiu ao Protocolo de Kioto. Entretanto, diz Al Gore que já existe mudança em alguns estados como a Califórnia, onde 319 cidades já adotaram o citado protocolo.
 Outro relato feito por Al Gore é sobre os recursos naturais do planeta, da nossa biodiversidade. Aqui vemos claramente a importância de tal tema do nosso trabalho acadêmico, pois se destruímos a fauna e a flora, daqui a algum tempo as industrias farmacêuticas, química e genética, estarão pagando trilhões de dólares para ter acesso a uma floresta que esteja em pé e o que será das patentes farmacêuticas que exploram os recursos genéticos brasileiros.
  Diante de todo o exposto, em seu documentário Al Gore não procura apenas apontar problemas, explicá-los e deixar todos boquiabertos com a situação ambiental, ele procura também promover mudanças profundas, interiores, relacionadas aos valores morais, culturais e ideológicos das pessoas. Ele aponta o que podemos fazer, como comprar produtos recicláveis, biodegradáveis, como usar a água, a energia de forma sustentável, ou seja, se não acordarmos enquanto é tempo o que será das gerações futuras. Portanto, este documentário funciona como um alerta para a sociedade mundial.


Quer ajudar a impedir o aquecimento global?
Aqui estão 10 coisas bem simples que você pode fazer e o quanto de dióxido de carbono vai evitar em cada uma delas.

Troque uma lâmpada
Substituindo uma lâmpada comum por outra fluorescente poupa até 68 kg de dióxido de carbono por ano.

Dirija menos
Ande, use a bicicleta, faça carona compartilhada ou pegue o metrô mais vezes. Você vai poupar 0,8 kg de dióxido de carbono para cada quilômetro.

Recicle mais
Você pode poupar até 1.088 kg de dióxido de carbono por ano apenas reciclando metade de seu lixo doméstico.

Revise seus pneus
Conservar os pneus calibrados corretamente pode melhorar o consumo de gasolina em mais que 3%. Cada galão de gasolina economizado evita 9 kg de dióxido de carbono na atmosfera!

Use menos água quente
É necessária muita energia para aquecer água. Use menos água quente instalando um chuveiro de baixo fluxo (158 kg de CO2 a menos por ano) e lave suas roupas com água fria ou morna (226 kg a menos por ano).

Evite produtos com muita embalagem
Poupe 544 lg de dióxido de carbono reduzindo seu lixo em 10%.

Ajuste seu termostato
Diminuindo apenas 2 graus de seu termostato no inverno e aumentando 2 graus no verão, você pode economizar cerca de 900 kg de dióxido de carbono por ano.

Plante uma árvore
Uma única árvore absorve uma tonelada de dióxido de carbono durante sua vida.

Desligue os aparelhos eletrônicos
Desligando sua televisão ,DVD, estéreo e computador quando não estiver usando, economiza milhares de metros cúbicos de dióxido de carbono por ano.

Faça parte da solução
Descubra mais e participe através do site ClimateCrisis.net.

terça-feira, 29 de março de 2011

Saga Da Amazônia

Saga Da Amazônia

Geraldo Azevedo

Composição : Vital Farias
Era uma vez na AMAZÔNIA, a mais bonita floresta
Mata verde, céu azul, a mais imensa floresta
No fundo d'água as IARAS, caboclo lendas e mágoas
E os rios puxando as águas
PAPAGAIOS, PERIQUITOS, cuidavam das suas cores
Os peixes singrando os rios, Curumins cheios de amores
Sorria o JURUPARI, URAPURU, seu porvir
Era: FAUNA, FLORA, FRUTOS E FLORES
Toda mata tem caipora para a mata vigiar
Veio caipora de fora para a mata definhar
E trouxe DRAGÃO-DE-FERRO, prá comer muita madeira
E trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira.
Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar
Prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar:
Se a floresta meu amigo tivesse pé prá andar
Eu garanto meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá.
O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar
E o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar??
Depois tem passarinho, tem o ninho, tem o ar
ICARAPÉ, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar.
Mas o DRAGÃO continua a floresta devorar
E quem habita essa mata prá onde vai se mudar??
Corre ÍNDIO, SERINGUEIRO, PREGUIÇA, TAMANDUÁ
TARTARUGA, pé ligeiro, corre-corre TRIBO DOS KAMAIURA
No lugar que havia mata, hoje há perseguição
Grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão
Castanheiro, seringueiro já viraram até peão
Afora os que já morreram como ave-de-arribação
Zé da Nana tá de prova, naquele lugar tem cova
Gente enterrada no chão:
Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro
Disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro
Roubou seu lugar
Foi então que um violeiro chegando na região
Ficou tão penalizado e escreveu essa canção
E talvez, desesperado com tanta devastação
Pegou a primeira estrada sem rumo, sem direção
Com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa
Dentro do seu coração.
Aqui termina essa história para gente de valor
Prá gente que tem memória muito crença muito amor
Prá defender o que ainda resta sem rodeio, sem aresta
ERA UMA VEZ UMA FLORESTA NA LINHA DO EQUADOR.

Saga Da Amazônia















Dados Históricos da Educação Ambiental no Brasil

Dados Históricos sobre o meio ambiente


Acontecimentos no Brasil 
Século XIX
1808Criação do Jardim Botânico no Rio de Janeiro
1850Lei 601 de Dom Pedro II proibindo a exploração florestal nas terras descobertas, a lei foi ignorada, continuando o desmatamento para implantação da monocultura de café.
1876André Rebouçãs sugere a criação de parques nacionais na Ilha de Bananal e em Sete Quedas.
1891Decreto 8.843 cria reserva florestal em Acre, que não foi implantada ainda.
1896 Foi criado o primeiro parque estadual em São Pablo. Parque da Cidade.

Século XX
1920 - O pau brasil é considerado extinto
1932 - Realiza-se no Museu Nacional a primeira Conferência Brasileira de Proteção à Natureza
1934Decreto 23793 transforma em Lei o Anteprojeto de Código Forestal
1937 - Cria-se o Parque Nacional de Itatiaia
1939 - Cria-se o Parque Nacional do Iguaçu

Anos 60
1961 - Jânio Quadros, declara o pau brasil como árvore símbolo nacional, e o ipê como a flor símbolo nacional

Anos 70
1971Cria-se em Rio Grande do Sul a associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural . AGAPAN
1972 - A Delegação Brasileira na Conferência de Estocolmo declara que o pais está “aberto a poluição, porque o que se precisa é dólares, desenvolvimento e empregos” . Apesar disto, contraditoriamente o Brasil lidera os países do Terceiro Mundo para não aceitar a Teoria do Crescimento Zero proposta pelo Clube de Roma
1972 - A Universidade Federal de Pernambuco inicia uma campanha de reintrodução do pau brasil considerado extinto em 1920.
1973 - Cria-se a Secretaria Especial do Meio Ambiente, SEMA, no âmbito do Ministério do Interior, que entre outras atividades, começa a fazer Educação Ambiental
1976 - A SEMA e a Fundação Educacional do Distrito Federal e a Universidade de Brasília realizam o primeiro curso de Extensão para professores do 1o Grau em Ecologia .
1977 - Implantação do Projeto de Educação Ambiental em Ceilândia. (1977 - 81).
1977 - SEMA constitui um grupo de trabalho para elaboração de um documento de Educação Ambiental para definir seu papel no contexto brasileiro.
1977 - Seminários Encontros e debates preparatórios à Conferência de Tbilisi são realizados pela FEEMA-RJ
1977 - A disciplina Ciências Ambientais passa a ser obrigatória nos cursos de Engenharia.
1978 - A Secretaria de Educação de Rio Grande do Sul desenvolve o Projeto Natureza (1978 - 85)
1978 - Criação de cursos voltados para as questões ambientais em varias universidades brasileiras.
1978 - Nos cursos de Engenharia Sanitária inserem-se as disciplinas de Saneamento Básico e Saneamento Ambiental
1979 - O MEC e a CETESB/ SP, publicam o documento “Ecologia uma Proposta para o Ensino de 1o e 2o Graus.

Anos 80
1981 - Lei Nr. 6938 do 31 de Agosto, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (Presidente Figueiredo)
1984 - Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), apresenta umaresolução estabelecendo diretrizes para a Educação Ambiental, que não é tratada.
1986 - A SEMA junto com a Universidade Nacional de Brasília, organiza o primeiro Curso de Especialização em Educação Ambiental . (1986 a 1988)
1986 - I Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente
1986 - Seminário Internacional de Desenvolvimento Sustentado e Conservação de Regiões Estuarino – Lacunares (Manguezais) São Paulo
1987 - O MEC aprova o Parecer 226/87 do conselheiro Arnaldo Niskier, em relação a necessidade de inclusão da Educação Ambiental nos currículos escolares de 1o e 2o Graus
1987 - Paulo Nogueira Neto representa ao Brasil na Comissão Brundtland
1987 - II Seminário Universidade e Meio Ambiente, Belém, Pará.
1988 - A Constituição Brasileira, de 1988, em Art. 225, no Capítulo VI - Do Meio Ambiente, Inciso VI, destaca a necessidade de ‘’promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente’’. Para cumprimento dos preceitos constitucionais, leis federais, decretos, constituições estaduais, e leis municipais determinam a obrigatoriedade da Educação Ambiental.
1988 - Fundação Getúlio Vargas traduz e publica o Relatório Brundtland, Nosso Futuro Comum.
1988 - A Secretaria de Estado do Meio Ambiente de SP e a CETESB , publicam a edição piloto do livro “Educação Ambiental” Guia para professores de 1o e 2o Graus.
1989 - Criação do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), pela fusão da SEMA, SUDEPE, SUDEHVEA e IBDF. Nele funciona a Divisão de Educação Ambiental.
1989 - Programa de Educação Ambiental em Universidade Aberta da Fundação Demócrito Rocha, por meio de encartes nos jornais de Recife e Fortaleza.
1989 - Primeiro Encontro Nacional sobre Educação Ambiental no Ensino Formal. IBAMA/ UFRPE. Recife
1989 - Cria-se o Fundo Nacional de Meio Ambiente FNMA no Ministério do Meio Ambiente MMA.
1989 - III Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente. Cuiabá. MT

Anos 90
1990 - I Curso Latino-Americano de Especialização em Educação Ambiental . PNUMA/IBAMA/CNPq/CAPES/UFMT. CUIABÁ- MT (1990 a 1994)
1990 - IV Seminário Nacional sobre Universidade e Meio Ambiente, Florianópolis, SC.
1991 - MEC resolve que todos os currículos nos diversos níveis de ensino deverão contemplar conteúdos de Educação Ambiental (Portaria 678 (14/05/91).
1991 - Projeto de Informações sobre Educação Ambiental IBAMA/ MEC
1991 - Grupo de Trabalho para Educação Ambiental coordenado pelo MEC, preparatório para a Conferência do Rio 92.
1991 - Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para Educação Ambiental . MEC/ IBAMA/Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República/ UNESCO/ Embaixada do Canadá.
1992 - Criação dos Núcleos Estaduais de Educação Ambiental do IBAMA, NEA’s.
1992 - Participação das ONG’s do Brasil no Fórum de ONG’s e na redação do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis. Destaca-se o papel da Educação Ambiental na construção da Cidadania Ambiental.
1992 - O MEC promove no CIAC do Rio das Pedras em Jacarepagua Rio de Janeiro o Workshop sobre Educação Ambiental cujo resultado encontra-se na Carta Brasileira de Educação Ambiental, destacando a necessidade de capacitação de recursos humanos para EA
1993 - Uma Proposta Interdisciplinar de Educação Ambiental para Amazônia. IBAMA, Universidades e SEDUC’s da região, publicação de um Documento Metodológico e um de caráter temático com 10 temas ambientais da região.(1992 a 1994)
1993 - Criação dos Centros de Educação Ambiental do MEC, com a finalidade de criar e difundir metodologias em Educação Ambiental
1994 - Aprovação do Programa Nacional de Educação Ambiental , PRONEA, com a participação do MMA/IBAMA/MEC/MCT/MINC
1994 - Publicação da Agenda 21 feita por crianças e jovens em português. UNICEF.
1994 - 3º Fórum de Educação Ambiental
1995 - Todos os Projetos Ambientais e/ou de desenvolvimento sustentável devem incluir como componente atividades de Educação Ambiental .
1996 - Criação da Câmara Técnica de Educação Ambiental do CONAMA
1996 - Novos Parâmetros Curriculares do MEC, nos quais incluem a Educação Ambiental como tema transversal do currículo.
1996 - Cursos de Capacitação em Educação Ambiental para os técnicos das SEDUC’s e DEMEC’s nos Estados, para orientar a implantação dos Parâmetros Curriculares. Convênio UNESCO - MEC
1996 - Criação da Comissão Interministerial de EA. MMA
1997 - Criação da Comissão de Educação Ambiental do MMA
1997 - I Conferência Nacional de Educação Ambiental. Brasília. ICNEA
1997 - Cursos de Educação Ambiental organizados pelo MEC – Coordenação de Educação Ambiental, para as escolas Técnicas e Segunda etapa de capacitação das SEDUC’s e DEMEC’s. Convênio UNESCO – MEC
1997 - IV Fórum de Educação Ambiental e I Encontro da Rede de Educadores Ambientais. Vitoria
1997 - I Teleconferência Naciona de Educação Ambiental .Brasília, MEC
1998 - Publicação dos materiais surgidos da ICNEA
1999 - Criação da Diretoria de Educação Ambiental do MMA Gabinete do Ministro
1999 - Aprovação da LEI 9.597/99 que estabelece a Política Nacional de EA
1999 - Programa Nacional de Educação Ambiental
1999 - Criação dos Movimento dos Protetores da Vida Carta de Princípios Brasília DF
1999 - A Coordenação de EA do MEC passa a formar parte da Secretária de Ensino Fundamental - COEA
2000 - Seminário de Educação Ambiental organizado pela COEA/ MEC Brasília DF
2000 - Curso Básico de Educação Ambiental a Distancia DEA/ MMA UFSC/ LED/ LEA

Naná Minnini Medina
Consultora de Educação Ambiental